Feliz dia da: “Já estou quase pronta, espera só cinco minutinhos” - Kerley Carvalhedo
Data de publicação: 8 de março de 2017
Coluna: Kerley Carvalhedo
Colunista: Kerley Carvalhedo
Quem nunca ouviu a máxima “Mulher é tudo igual”? Pois bem, acontece que a vida me ensinou que não é bem assim. Cresci em um ambiente cercado por mulheres, uma mais complicada de entender do que a outra. Há quem olhe para uma mulher e diga: “Ela é uma santa!”, já outras são consideradas verdadeiras “bruxas”; contudo, a verdade é que como todos os seres humanos, uma mulher pode ter os dois lados, o mais interessante não é esta constatação, mas sim o fato que elas transitam de um extremo ao outro em questão de segundos.
Acontece que toda vez que se decide rotular uma mulher sob a luz do estereótipo de que “são todas iguais, só mudam de endereço” quebra-se a cara. As mulheres nos são apresentadas em diferentes frascos e aromas. Assim como os perfumes, em cada uma encontramos uma essência. Dizer que a “mulher é o sexo frágil” é mais um dos equívocos cometidos pelos sexistas de plantão. Ao longo da história, o tal “sexo frágil” mostrou-se extremamente forte; assumindo o papel de mãe, guardiã, amiga, filha, irmã, médica, terapeuta, professora, cozinheira, dona de casa, e até mesmo de pai. Minha mãe é uma imagem clássica da mulher contemporânea, ela é um mix de várias profissões.
Cá entre nós, “Ôh, coisinha complexa pode ser a mulher!” Tive uma namorada que me fazia pirar por bobagens. Quando ela estava de TPM, até se eu respirasse alto era motivo de uma discursão. É verdade- sim- meus caros amigos, mulher sempre acha um motivo para briga. Um detalhe que não passa despercebido é quando elas fazem perguntas e acabam se irritando com a própria resposta.
Outro dia uma amiga disse que precisava de um terapeuta, pois em determinados dias nem ela mesma se entendia. Imagine só! Como podemos, então, ter a pretensão de entendê-las?
Apesar disso tudo, a verdade é que por mais que a mulher seja complicada (acho que a palavra complexa se enquadra melhor em alguns casos) não vivemos sem elas. É certo que piramos quando nos pedem só mais cinco minutinhos para se arrumar, ou quando nos dizem que não querem fazer sexo porque estão com dor de cabeça... A verdade é que parecemos peru de natal (morremos de véspera) só de pensar que no dia da TPM elas vão buscar coisas do século passado para jogar em nossas caras.
No entanto, a grande questão é: o que seria de nós sem as mulheres?
Já imaginou se todas pensassem igual? Ufa! Ainda bem que nem todas são uma avalanche de sentimentos e emoções... ou são?
Kerley Carvalhedo